Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Conjunto Ceará - O bairro mais populoso de Fortaleza



A História do Conjunto Ceará remonta aos anos setenta.

Dentre os muitos problemas do período destacava-se a questão da habitação, um drama na cidade de Fortaleza que crescia vertiginosamente sob os ventos da modernidade. Em 1971, a capital cearense já possuía 150 mil residências, entretanto, mais de 65 mil famílias viviam desabrigadas. A megalomania do regime militar prometia resolver o déficit habitacional construindo conjuntos residenciais na periferia para a população pobre. Eram casa simples, modestas, espartanas. Enquanto isso, a orla marítima era ocupada por prédios luxuosos, habitados pela “gente bacana” que passava a “monopolizar” a brisa do mar.


Rua 337 por Valmigleison

A área destinada ao Conjunto Ceará foi comprada de um rico latifundiário, o senhor Bezerrinha, também proprietário das terras da Bezerra de Menezes. A região onde hoje estão localizadas a primeira e a segunda etapa era chamada de Estiva, enquanto nas proximidades do canal onde hoje está localizada a quarta etapa era conhecida como Veneza. Bonitos nomes para um canto sem alegria, com poucos encantos.


Creche escola Pintando o 7 na Av. F, II Etapa do Conj. Ceará - Foto de Zemakila


EMEIF João Nunes Pinheiro - Foto de Marcos Sampaio

As primeiras 996 casas padronizadas do Conjunto Ceará somente foram entregues em 1977 pelo Coronel Adauto Bezerra, governador do Estado. Os contemplados em sorteio pelo sistema da COHAB (Companhia de Habitação) recebiam casas divididas em UV’s (Unidades de Vizinhança) e cada UV equivalia a cem residências. Nas propagandas oficiais os militares diziam: “este é um país que vai pra frente” e o Conjunto Ceará era usado para divulgar os feitos do regime militar.




Para além do discurso oficial, a vida dos primeiros habitantes da região não foi fácil. O Conjunto não tinha calçamento, moravam distantes das áreas centrais, sofriam o abandono do poder público com carências de escolas, postos de saúde, áreas de lazer e com um deficiente sistema de transportes coletivos em um conjunto que nem tinha calçamento. Diante da ausência do poder público, os moradores do Conjunto Ceará reinventaram seu próprio espaço numa intensa teia de mutirão e solidariedade, com sentimento de comunidade e cidadania de uma gente humilde, “que vai em frente sem nem ter com quem contar” .





O regime militar acabou graças às mobilizações e lutas patrióticas das forças democráticas, mas o Conjunto Ceará, outrora símbolo do regime, foi esquecido pelas autoridades civis.

O Conjunto Ceará somente voltou ao centro das atenções do poder público em 1988. Naquele ano houve uma acirrada eleição para prefeito da capital. Ciro Gomes somente foi eleito graças a expressiva maioria alcançada na região. Eleito, realizou importantes melhorias no Conjunto. Em 1989, o conjunto habitacional foi emancipado por decreto do governador e tornou-se bairro autônomo, separado da Granja Portugal.





Hoje o bairro continua com graves problemas sociais, contudo já possui uma boa infra-estrutura urbana com bancos, escolas, delegacia. O Pólo de Lazer concentra algumas oportunidades de diversão com destaque para o movimento Hip Hop que agita e conscientiza a juventude do lugar e para a festa da padroeira Nossa Senhora da Conceição, padroeira do bairro que já possui até mansões. Mas não se iluda. A maioria das casas é simples, habitada por uma gente humilde que ainda coloca cadeiras nas calçadas ao fim da tarde para uma prosa com os vizinhos.





O Conjunto Ceará tem de tudo dentro dele e pode-se considerar uma pequena cidade no meio da periferia de Fortaleza. O projeto da COHAB do Ceará no início da década de 1970, foi projetado utilizando o conceito urbanístico de unidade de vizinhança, e foi inaugurado em 1978. A estrutura do bairro é formada por diversas escolas públicas estaduais e municipais, Delegacia de Polícia Civil, Quartel da Polícia Militar, Quartel dos Bombeiros, Hospital Distrital, Posto de Saúde, pelo Terminal do Conjunto Ceará*, Vila Olímpica, Projeto ABC dentre outros equipamentos.



Com diversas festas populares e diversas comunidades que reunem-se rotineiramente.
Terminal do Conjunto Ceará


Terminal em 1993 - Foto Fortalbus 

Há exatos 17 anos, entrava em operação o Terminal Conjunto Ceará, o sexto a funcionar como parte do Projeto do Sistema Integrado de Transporte. Entregue a população no dia 17 de setembro de 1993, o terminal foi construído com recursos da Prefeitura de Fortaleza, sendo seu custo orçado na época em CR$ 70 Milhões.

O terminal beneficiou um dos bairros mais densos e populosos de Fortaleza, operando inicialmente com 12 linhas urbanas e 104 ônibus, atendendo cerca de 80 mil pessoas diariamente. Além das linhas já existentes que passaram a ser integradas, foram criadas mais 02 novas linhas: Conjunto Ceará/Centro e Conjunto Ceará/Centro (Expresso).


Terminal em 2002 - Foto Fortalbus

A unidade de transporte possui 8 mil metros quadrados de área, sendo que desse total, 3 mil formam as dependências construídas. O terminal Conjunto Ceará conta com toda estrutura semelhante aos demais terminais de integração, sendo ele, o de menor demanda de passageiros. Atualmente o Terminal integra 18 linhas, sendo 03 corujões:

015- Conjunto Ceará/Antônio Bezerra 1
036- Conjunto Ceará/Papicu (Corujão)
037- Conjunto Ceará/Aldeota (Corujão)
043- Conjunto Ceará/Lagoa/F. Távora
045- Conjunto Ceará/Papicu Via Montese
046- Conjunto Ceará/Centro (Corujão)
076- Conjunto Ceará/Aldeota
081- Conjunto Ceará/ Antônio Bezerra 2
083- Conjunto Ceará/Lagoa/A. dos Anjos
322- Granja Portugal/Lagoa
324- 1ª Etapa
327- 4ª Etapa
341- Conjunto Ceará I
343- Conjunto Ceará II
345- Conjunto Ceará/Siqueira
357- Conjunto Ceará/ Granja Lisboa
367- Conjunto Ceará/Bom Jardim
385- Conjunto Ceará/Centro

Fatos Históricos


>10 de novembro de 1977 - Às 19h, o governador José Adauto Bezerra de Menezes faz entrega das primeiras casas do Conjunto Ceará, na Granja Portugal, com 966 casas.
Era a primeira etapa.



>29 de dezembro de 1978 - A Segunda etapa do Conjunto Ceará é entregue, com 2.516 casas.

>08 de março de 1979 - Inaugura-se a 3ª Etapa do Conjunto Ceará, no Mondubim.

>23 de dezembro de 1981 - Entregue pela COHAB aos moradores, a 4a etapa do Conjunto Ceara, com 3.150 casas.


>20 de fevereiro de 1982 - Inauguradas, as estações ferroviárias de São Miguel, antigo Km 10, Conjunto Ceará e Jurema, nos bairros respectivos.

>12 de agosto de 1992 - Fundado o Centro Integrado de Educação e Saúde Professor Francisco Edmilson Pinheiro, na Avenida H, s/nº, na 4ª Etapa do Conjunto Ceará, Granja Lisboa.

>19 de abril de 1999 - Inaugurada pelo Governo Estadual a Escola de Ensino Médio Liceu do Conjunto Ceará, na Rua 11, 39-A nº 10, Quarta Etapa do Conjunto Ceará.


>15 de outubro de 2002 - O Centro de Reciclagem do Ceará - CRC é inaugurado pela manhã no Conjunto Tancredo Neves.
Ele será a unidade gestora do projeto Reciclando, desenvolvido desde março de 2000 pela Secretaria do Trabalho e Ação Social do Estado - Setas e receberá material das 12 unidades coletoras de resíduos sólidos desse projeto.
Depois de ser triado, prensado e enfadado, o material irá para as indústrias.
As unidades coletoras do Projeto Reciclando são do Conjunto Ceará, Serrinha, José Walter, Dias Macedo, Aldeota, Farol, Goiabeiras, Pirambu, João XXIII, Antônio Bezerra, Santa Terezinha e Tancredo Neves.


Fonte: Fortalbus, Portal da História do Ceará e 
Evaldo Lima: A Morada Fortaleza no Conjunto Ceará

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Palácio da Abolição e Mausoléu Castelo Branco



Em destaque, o local onde foi erguido o Palácio da Abolição - Arquivo Nirez

Foto de José Alberto Cabral

Durante a gestão do governo Plácido Castelo, em 1970, foi decidia a transferência da sede do Poder Executivo do Estado do Ceará, do Palácio da Luz, situado no Centro, para o Palácio da Abolição, erguido no bairro Meireles, na zona leste da cidade.


O presidente Figueiredo com o governador Virgílio Távora no Palácio da Abolição


O conjunto do Palácio da Abolição ocupa área considerável, de aproximadamente 4.000m2, englobando quase três quadras, com frente para a Avenida Barão de Studart e para as ruas Silva Paulet, Deputado Moreira da Rocha e Tenente Benévolo. Compõe-se de quatro blocos distintos, separados um dos outros por grandes recuos, formados pelo Palácio de Despachos e a residência oficial do governador, o bloco anexo com serviço administrativos, o Mausoléu castelo Branco e a Capela. O projeto é do arquiteto carioca Sérgio Bernardes, com jardins concebido por Roberto Burle Marx. A construção ficou a cargo dos engenheiros José Alberto Cabral e Rui Filgueiras Lima.

Palácio da Abolição projetado por Sérgio Bernardes em 1970 - Foto de José Alberto Cabral

Palácio da Abolição em 1991 - Acervo O Povo

O edifício do Palácio, assim como o bloco dos anexos administrativos, foi concebido tendo como elementos dominantes pórticos estruturais composto de duplos tubos de aço pintados de preto, dispostos em série e distribuídos paralelamente no sentido longitudinal dos blocos, esses elementos são autoportante e atuam como suporte para as paredes de alvenaria. No palácio, esses pórticos avançam, criando beiras e formando varandas nas fachadas norte e sul nos dois pavimentos. No piso superior, as varandas são cobertas com guarda-corpos de madeira em forma de bancos. Nas fachadas panos de vidro temperado fazem os fechamentos do edifício. As fachadas leste e oeste são cegas, revestidas de cerâmica. Na coberta, telhas de amianto em cinco águas, com calhas longitudinais entre elas.

Foto de Karina Muniz

Foto do Site Baladain

A porta principal deste edifício, com trabalho executado em madeira talhada, dá acesso a amplo hall com pé-direito duplo, que se abre para o jardim, situado na face norte do terreno, este bloco abrigava a área dos despachos oficiais, a residência do governador, no pavimento superior, e uma sala de cinema no subsolo. Todo o revestimento do piso é em mármore cinza, à exceção da área residencial, que tem tábua corrida. Atualmente o edifício e ocupado pela Secretaria de Cultura do Estado.


Foto do Site Orquidofilos

O bloco anexo, que abrigava atividades, administrativas de apoio ao governo, está implantado transversalmente com relação ao bloco do Palácio e segue o mesmo sistema construtivo, porém sem as varandas. O acesso principal é feito entre dois pórticos, em piso mais elevado. No edifício também se situam alojamentos, o refeitório e a caixa d'água que abastece todo o complexo.

Foto do Site Orquidofilos

As fachadas leste e oeste formam panos de esquadrias em basculante de vidro com montantes de madeira entre os pórticos, que descem até a metade do pavimento térreo, completadas com paredes de alvenaria. As fachadas norte e sul têm revestimentos de cerâmica, com esquadrias também em basculante nas áreas correspondentes às circulações.

Cid Gomes reinaugurou o Palácio da Abolição no dia 25/03/2011 - Crédito da foto: Adriano Nogueira

Erguido no sul do térreo, o Mausoléu Castelo Branco foi inaugurado somente em 18 de julho de 1972. Foi concebido em homenagem ao ex-presidente Humberto de Alencar Castelo Branco e é onde estão guardados seus restos mortais. Obra de grande arrojo arquitetônico, o monumento é um prisma alongado, com estrutura de concreto protegido, destacando-se pelo grande balanço de trinta metros, que se projeta sobre o espelho d'água e a praça pavimentada com dormentes justapostos, de madeira rústica, circundada por taludes gramados.

Reinauguração do Palácio - Crédito da foto: Adriano Nogueira

A câmara funerária foi situada na extremidade do balanço, alcançada depois das galerias (com exposição de documentos e objetos pessoais do ex-presidente), situadas ao longo do edifício, em suas duas faces. O mausoléu passou recentemente por processo de reforma e recuperação de suas instalações.

Cerimônia de reinauguração - Crédito da foto: Adriano Nogueira

A capela foi localizada na extremidade nordeste do conjunto, na parte mais baixa do terreno. Possui uma proposta arquitetônica marcadamente moderna, em forma de ¼ de pirâmide, com parte encravada no subsolo, sendo visível apenas a coberta, na qual se destaca uma cruz, na parte superior. Cada plano da coberta é inclinado, formando triângulos com as hipotenusas apoiadas na viga/calha.

Cerimônia de reinauguração - Crédito da foto: Adriano Nogueira

Dois lances de escada convergem para o acesso único do templo, onde se encontra o pilar que dá suporte à coberta. A planta tem forma de quadrado bem definido, onde acontecem os cultos. Duas paredes com terminação triangular se destacam por trás do altar, apresentando relevos decorativos, com pequenas aberturas. No encontro dessas paredes, há uma estreita faixa com vidros azulados dispostos verticalmente. As demais paredes são retangulares e sem adornos. O piso da capela é todo em mármore, à exceção da área do batistério, em tábua corrida.

Tombado pelo patrimônio estadual no ano de 2005, o conjunto do Palácio da Abolição foi recuperado pelo Governo do Estado e deverá vir a ser utilizado como Centro Cultural e local para recepção oficiais.


Inaugurado no ano 1970, o Palácio da Abolição funcionou como sede do governo estadual até o ano de 1986, quando esta foi transferido para o Centro Administrativo do Estado, localizado no bairro Cambeba.

Espaço cultural de exposições - Foto de Cristiano Góes

Obra da década de 1970, o conjunto está na chamada arquitetura moderna brasileira, com caraterística marcadamente modernas, visíveis na forma e disposição dos volumes, na conformação dos espaços internos e na utilização dos materiais. Cada um dos edifícios que compõem o complexo possui atributos próprios que os distinguem um dos outros.

Foto do blog RWArquitetura

No dia 25 de março de 2011 o governador Cid Gomes (PSB) reinaugurou o Palácio da Abolição. A obra, que durou um ano e meio, custou cerca de R$ 27 milhões.
Houve dois descerramentos de placa: a primeira, a antiga, e a outra a que define a reforma como projeto do atual Governo com apoio do Governo Dilma Rousseff.  

o Novo Palácio da Abolição não será só sede do Governo. Além de um auditório para 200 pessoas, em clima dos mais arborizados, com direito a orquídeas do Maciço de Baturité, foi instalada também uma galeria de artes. 


Foto do blog RWArquitetura

Fatos Históricos


Palácio da Abolição, Planta Subsolo

Palácio da Abolição, Planta Pavimento Térreo

Palácio da Abolição, Planta Pavimento Superior

14 de março de 1962 - O governador do Estado, José Parsifal Barroso desapropria terreno na Aldeota pertencente a Carlos Gracie, residente no Rio de Janeiro, localizado entre a Rua Deputado Moreira da Rocha, Rua Silva Paulet, Rua Tenente Benévolo e Avenida Barão de Studart, para construção no local, do Palácio da Abolição.


Novembro de 1962 - Iniciam-se as obras de levantamento do Palácio da Abolição, que será sede do Governo Estadual e fica na Avenida Barão de Studart nº 505, na Aldeota.
Hoje é ocupado pela Secretaria de Cultura e Desporto e pelo Departamento do Patrimônio Histórico, e nos anexos, ficam a capela, o Mausoléu do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, a Ouvidoria Geral do Estado e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa da Cidadania.
O projeto é do escritório Sérgio Bernardes Associados, do Rio de Janeiro.

04 de julho de 1970 - Inaugura-se, na gestão do governador Plácido Aderaldo Castelo (Plácido Castelo), o Palácio da Abolição, na Avenida Barão de Studart nº 505, na Aldeota, construído para ser a sede do governo estadual, com a presença do presidente da República, general Emílio Garrastazu Médici.
O projeto é do escritório Sérgio Bernardes Associados, do Rio de Janeiro e Ronaldo Vertis, sendo construído pelos engenheiros Alberto César Cabral e Rui Filgueiras Lima.
O governo estadual transfere-se assim do Palácio da Luz, onde se instalara em 11/01/1809.

18 de julho de 1972 - Chegam a Fortaleza os restos mortais do general Humberto de Alencar Castelo Branco e de sua esposa Argentina Viana Castelo Branco (Argentina Castelo Branco), trazidos no contra-torpedeiro Santa Catarina, comandado pelo capitão Paulo Castelo Branco, filho do casal.
Os despojos são depositados no Mausoléu do Palácio da Abolição, na Avenida Barão de Studart nº 505, na Aldeota, que na ocasião se inaugura, com solenidade presidida pelo então presidente da República, general Emílio Garrastazu Médici.
O monumento, que tem em balanço 30m, foi construído por iniciativa do governador Plácido Aderaldo Castelo (Plácido Castelo) e teve como arquiteto Sérgio Bernardes.

Foto do blog RWArquitetura

19 de abril de 1974 - Inaugurado, no Palácio da Abolição, na Avenida Barão de Studart nº 505, a galeria dos governadores do Estado Republicano, retratos feitos pelo pintor Walter Vieira de Araújo.

13 de agosto de 1989 - Muda-se, do Palácio da Luz, na Rua do Rosário nº 1, para o Palácio da Abolição, na Avenida Barão de Studart, a pinacoteca da Casa de Cultura Raimundo Cela.

25 de março de 2003 - O humorista cearense Antônio Renato Aragão, o Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgina Mufumbo que também atua como embaixador do Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF no Brasil.
recebe, no Salão Nobre do Palácio da Abolição, a Medalha da Abolição, a maior comenda do Ceará, das mãos do governador do Estado, Lúcio Gonçalo de Alcântara (Lúcio Alcântara).


A Medalha da Abolição é entregue a personalidades por suas contribuições à sociedade e marca a comemoração do 25 de março, data da abolição dos escravos no Ceará.



Fonte: Secult, Livro Fortaleza Cronologia Ilustrada de Miguel Ângelo de Azevedo, 
Eliomar de Lima e Portal do Ceará

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