Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Fortaleza em suas Ruas, Avenidas, Travessas...



 Essa foto é da época das cadeiras nas calçadas... Foto Assis de Lima

A tranquilidade dessa rua me encanta... Foto Assis de Lima

Um bondinho puxado a burro. Foto Assis de Lima



Av. Pessoa Anta


O fotógrafo está ao lado da Secretaria da Fazenda (Sefaz), olhando para a Avenida Pessoa Anta, tendo ao lado direito o início da Avenida Alberto Nepomuceno. Hoje em dia, do lado esquerdo há um posto de venda de combustíveis. Pelo aspecto da foto deve ser de aproximadamente 1920. Arquivo Nirez




Foto do mesmo ângulo da anterior. Essa feita em 2006 - Arquivo Nirez

Essa foto é muito interessante, é antes de onde hoje é o Centro Dragão do Mar, na Praia de Iracema. Esse prédio abrigou antigamente uma firma do Alfredo Salgado, depois foi uma repartição estadual, hoje é aquela rampa do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Arquivo Nirez



Rua Direita

Antiga Rua Direita, foto restaurada por Sidney Souto






Travessa São Francisco - Rua Perboyre e Silva


Esse é o quarteirão da antiga Travessa São Francisco, hoje Rua Perboyre e Silva, entre as ruas do Rosário e Coronel Bizerril, atual General Bizerril. Hoje essas construções são ocupadas por casas que vendem produtos de informática, CDs, DVDs, tinta para impressora, reabastecimento de cartuchos, etc. Arquivo Nirez





Av. Barão de Studart


Foto de 1973 da Av. Barão de Studart quase próximo ao Palácio da Abolição olhando para o Mucuripe. -Foto de Arnaldo Pinheiro






Foto da Av. Alberto Nepomuceno do início para o fim. Hoje o Mercado Central fica onde estão essas casas e árvores da esquerda. Do outro lado é o quartel.
A data exata é difícil determinar, mas foi tirada de um cartão postal editado em 1908. Arquivo Nirez




Av. Duque de Caxias

Essa é a Av. Duque de Caxias com General Sampaio.
Nesse local hoje se encontra o Edifício Jacy Avenida. A casa em frente foi o Instituto Brasil/Estados Unidos na década de 1940 e Grupo Escolar Presidente Vargas na década de 1950. Nirez


Mesmo ângulo em outra época - Arquivo Nirez




Avenida Aguanambi 

Foto de 1972 logo que a Avenida Aguanambi foi aberta. Vê-se o cruzamento com a Rua 13 de Maio. Arquivo Nirez

Avenida Aguanambi (aguanambi sm (tupi áua-nambi, por auará-nambi) Orelha de cão) no cruzamento com a Av. 13 de Maio, onde hoje tem um viaduto mal planejado. O viaduto deveria ter sido construído na Aguanambi e não na 13 de Maio. Teria prolongamento até unir-se com a BR-116, com uma "parna" para a Borges de Melo, de forma que seria desnecessária a rotatória, pois seria a Av. do Canal. Iria se unir diretamente à Visconde do Rio Branco e ruas perpendiculares. Ao longe o prédio da Escola de Polícia e a Base Aérea. Arquivo Nirez




Avenida Bezerra de Menezes

Foto da década de 1940 - Arquivo Nirez




O Beco dos Pocinhos


Este é beco dos Pocinhos visto da Rua Pedro Borges na direção do nascente vendo-se ao fundo a Igreja do Pequeno Grande.







Na Major Facundo iremos falar sobre essa belíssima casa. Ela ainda existe e embora abandonada está em boas condições. Fica na Rua Major Facundo já no bairro José Bonifácio. Foi construída e nela residiu o Sr. Anastácio Braga Barroso, que foi esposo da professora Edite Braga. Quando ele faleceu a casa foi alugada para o Sr. Heráclito de Castro e Silva, que fundara o Curso Comercial Carlos de Carvalho em 9/5/1935 que depois se chamou Escola de Comércio Carlos de Carvalho, conhecido por CCC. Em 1964 morreu o Sr. Heráclito de Castro e Silva, no dia 1º de janeiro. A casa fica logo depois da Rua Antônio Pompeu, uns 30 ou 40m, e tem fundos para a Rua Floriano Peixoto na Praça José Bonifácio, que foi muito tempo entrada do Colégio. Os trilhos são da linha José Bonifácio, a mais curta de Fortaleza, que terminava a cinco metros da Domingos Olímpio. Hoje esta casa pertence a D. Hebe Barroso, descendente de Anastácio Braga Barroso. Arquivo Nirez


Outro belo casarão também na Major Facundo.

Essa casa ficava - e acho que ainda fica - na Rua Major Facundo 53 a 65, no chamado lado do sol, foi construído em 1924. Funcionou aí um clube dos operários e depois o Centro dos Inquilinos e por fim começaram a se reunir aí a União Síria, que seria os primórdios do Clube Líbano Brasileiro, que depois foi para a Av. Santos Dumont e terminou na Tiburcio Cavalcante. Depois funcionou aí uma fundição e casa de ferragens da firma Thomas Pearce & Filho. Hoje não sei como está nem o que funciona lá.
as portas do térreo foram todas violentadas e as superiores estão repletas de cobogós. Nem parece a mesma casa. Nirez



Esta foto data de 1951 e mostra a esquina da Rua Major Facundo com a Rua São Paulo que abrigava uma loja de tecidos pertencente ao Sr. José Meireles. Ficava diagonal com a Casa Victor dos Irmãos Pinto, depois Cimaipinto. Aquele prédio que fica no fundo é o Sobrado Mole, que foi sede da UDN.
O prédio de detrás era um antigo sobrado que nesta época estava sendo usado por várias lojas e escritórios. Parece-me que hoja aí está a Casablanca.
A sombra é do Edifício América, onde funcionou a Cimaipinto. o espaço entre o fim do sobrado e o sobrado mole que se encontra no final, é a praça que fica em frente ao Museu do Ceará. Não foi eberta nenhuma rua. Vejam a perspectiva que a linha da calçada segue exatamente a do sobrado mole. Nirez



Av. 13 de maio

Esse é o cruzamento da Av. 13 de Maio com Av. da Universidade -Foto anterior a 1974. Arquivo Nirez





Cruzamento da Guilherme Rocha com General Bizerril- Nirez

A árvore é o oitizeiro famoso, derrubado em 1929 por ordem do então Prefeito Álvaro Weyne.
O prédio da esquerda era o Rotisserie hoje Caixa Econômica. O prédio a direita, no andar de cima, é atualmente o Restaurante L'escale. Na esquina desse prédio funcionou o famoso Café Globo, hoje é a financeira BV. O local onde está o carro estacionado ao lado do prédio, a direita, funcionou por muito tempo o famoso Posto Vitória onde operava com carros de luxo, principalmente o Chevrolet Belair. Os motoristas todos com paletó e gravata.
Pode- se ver também no cruzamento das ruas Guilherme Rocha com Floriano Peixoto uma parte da Intendência Municipal e mais adiante ainda na esquina com a Major Facundo o Café Art Noveau, muitos anos depois a Esquina do Pecado. Essa foto foi tirada da entrada do Palácio da Luz
José Vieira de Moura

Ao lado do Art Noveau o sobrado do Comendador Machado, onde funcionava o Café Riche no térreo, tendo este sobrado sido demolido para a construção do Excelsior Hotel. Foto provavelmente da década de 20, pois não se vê mais os Cafés da Praça do Ferreira, e há ainda a presença do Oitizeiro do Rosário, derrubado em 1929. 
Ricardo Batista



Esquina da Rua Floriano Peixoto com a Rua Guilherme Rocha, onde foi construído em 1914 o sobrado do Eduardo Pastor, onde por muitos anos esteve a loja Rosa dos Alpes, de Rubens Carvalho e depois o Café Globo, depois o Armazém Paissandu e hoje tem uma loja na esquina e em cima está o Restaurante L'escale.  Nirez



terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Exposição Corações & Mentes da Praia de Iracema


Amigos, a tão aguardada exposição Corações e Mentes da Praia de Iracema estará prontinha para apreciação amanhã (15/12). Espero e torço que todos consigam se fazer presente e prestigiar esse maravilhoso evento!

A exposição será companhando o calçadão, iniciando no Largo Luiz Assunção e indo até o Estoril/Pirata, com algumas coisas próximos da atual Casa Cor. A idéia é que as pessoas possam ser estimuladas a percorrer o calçadão.

A exposição tem como tema "Corações e Mentes da Praia de Iracema". A idéia é falar do lado poético, da boemia e também das movimentações e discussões políticas que muitas vezes se deram por lá.

Além das maravilhosas fotos, haverá vários depoimentos também. A ideia é espalhar os
textos junto com imagens da praia em tempos distintos e também fatos históricos que ocorreram por lá.

Eu estarei lá e você?







A exposição ficará até março de 2012 


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Agradecimentos: 

Luis Carlos Sabadia
Daniel Arôxa e
Daniel Costa


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Viva Fortaleza 1950-2010



Dia 06 de dezembro, às 19:30h, no Memorial da Cultura Cearense do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Rua Dragão do Mar, 81, Praia de Iracema) foi lançado o livro Viva Fortaleza 1950-2010. Na ocasião foi aberta a exposição homônima, com projeções e reproduções de fotografias do livro, ambientes e objetos (parte deles enviados pela população) que recriaram o cotidiano em Fortaleza.

Mais sobre o livro…..

Fortaleza é uma cidade viva, que passa por transformações diárias, a céu aberto. São novas ruas, novos prédios, novas formas e paisagens. Acompanhando de perto cada mudança, a população também se mostra renovada, com outros costumes, gostos, valores e novas maneiras de ver e viver a cidade.

Em 2006 a Terra da Luz Editorial iniciou o projeto Memórias da Cidade, lançando o livro Ah, Fortaleza!, no qual apresentou a capital cearense de 1880 a 1950. Agora, em 2011, trouxe um novo registro de memórias. No dia 06 de dezembro lançou Viva Fortaleza 1950-2010, revelando em imagens e textos a passagem dos anos de uma cidade que cresce a passos largos. 


Restaurante Lido da Praia de Iracema - Foto da exposição

Beira-Mar Foto da exposição

Beira-Mar 1981 por Gentil Barreira - Foto da exposição

Igreja São Pedro - Foto da exposição

Viva Fortaleza 1950-2010

A nova obra tem fotografias atuais e textos de autores que conhecem bem o cotidiano de Fortaleza. Palavras e imagens dialogam entre si num encontro de linguagens, revelando as referências pessoais e as interpretações de seus autores sobre a cidade. Os textos são assinados por escritores, jornalistas e outros pensadores e remetem a aspectos históricos, culturais, sociais, arquitetônicos e afetivos.


A escritora Angela Gutiérrez assina crônica com o título Fortaleza de pedra, Fortaleza de papel, acompanhada por interpretação do fotógrafo Maurício Albano; algumas memórias também são reveladas pelo jornalista e escritor Lira Neto, que narra As duas vezes em que me despedi de Fortaleza, com versão fotográfica de Lia de Paula; a socióloga Kadma Marques mostra em palavras sua visão de Fortaleza no texto Da janela da minha rua, com imagens do fotógrafo Jarbas Oliveira; o jornalista e escritor Demitri Túlio fala sobre A cidade desimportante, impressa em fotografias por Alex Costa; o arquiteto e compositor Fausto Nilo apresenta O sonho feliz de cidade e a realidade metropolitana, materializados pelas fotografias de Drawlio Joca; a escritora Natércia Pontes e o fotógrafo Gentil Barreira dão suas visões de como Fortaleza anoitece.


Fotos feitas em frente ao belo Palácio do PlácidoFoto da exposição

O Iracema Plaza Hotel Foto da exposição

E mais, o teatrólogo e dramaturgo Oswald Barroso discorre sobre Fortaleza viva, presente também nos registros do fotógrafo Thiago Gaspar; parte dessa Fortaleza é destacada pela jornalista Cláudia Albuquerque, que assina Mucuripe: inconstante como as ondas, com fotografias de Igor Câmara; A Fortaleza de Alencar é apresentada pelo publicitário e jornalista Paulo Linhares e pelo fotógrafo Fábio Lima; o historiador Régis Lopes resgata O Bode Ioiô e outras memórias, com imagens do fotógrafo João Luís; a jornalista Izabel Gurgel e o fotógrafo Silas de Paula mostram Em que cidade você mora?; o arquiteto Romeu Duarte escreve sobre Arquitetura e Urbanismo em Fortaleza (1950 – 2010): Do pioneirismo ao patrimônio cultural, artigo ilustrado pelo fotógrafo Léo Kaswiner; e Sociedade e meio ambiente em Fortaleza estão no texto da geógrafa e professora Clélia Lustosa, com fotografias de Alex Uchôa. Dois portugueses, o vice-cônsul de Portugal em Fortaleza Francisco Neto Brandão e o fotógrafo João Palmeiro, encerram a obra com o olhar estrangeiro sobre a cidade, no capítulo intitulado Fortaleza, que cidade é essa?.

Estátua Iracema no MucuripeFoto da exposição

Foto da exposição

Fotografias e objetos antigos

Em um resgate da cidade entre as décadas de 1950 e 90, a editora recebeu fotografias e cartões-postais de fortalezenses, que abriram os acervos pessoais a fim de contribuir com a documentação iconográfica de Fortaleza. Esse registro é enriquecido com imagens de objetos que marcaram época, entre os quais, álbuns de família, eletrodomésticos, peças decorativas e artigos de vestuário.

“O projeto Viva Fortaleza faz referência a um recorte histórico sobre a memória da capital cearense e de seus habitantes. O livro e a exposição pretendem contribuir com uma reflexão sobre quais rumos seguir e como redesenhar esse pulsante diálogo com a cidade”, explica Patricia Veloso, editora e coordenadora da publicação. Os textos e as imagens expõem a travessia vivenciada por Fortaleza da década de 1950 aos dias atuais, como uma reflexão sobre suas transformações.


Acessibilidade
No Memorial da Cultura Cearense, a exposição tem conteúdos adaptados para deficientes visuais e auditivos, além da acessibilidade física do espaço. O Projeto Acesso disponibiliza recursos materiais e multimídia para tornar esse conhecimento aberto a todos os públicos. O núcleo de ação educativa do MCC realiza atividades pedagógicas e visitas guiadas especiais para diversos grupos.

Objetos da exposição


Objetos da exposição

O projeto Viva Fortaleza 1950-2010 é uma realização do Ministério da Cultura por meio da Terra da Luz Editorial, com patrocínio da Oi, Companhia Energética do Ceará (Coelce) e Banco do Nordeste do Brasil (BNB); e apoio cultural do Instituto Oi Futuro, Expresso Guanabara, Newland Veículos, SP Combustíveis e Sobral & Palácio Petróleo.



Com minha querida amiga Joanna Dell'Eva em frente ao painel com as fotos do Restaurante Lido de seus pais.

A mostra ficará aberta até 29 de abril de 2012.
Uma excelente oportunidade para se conhecer melhor nossa linda cidade, eu recomendo!!!


Foi simplesmente maravilhoso!




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Fonte: Jornal O Povo

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Nos bons tempos do Estoril...



Foto do Livro “Ah Fortaleza!”


A Praia de Iracema viveu diversas fases em sua tumultuada existência, cheia de altos e baixos. Foi Praia do Peixe – pequenina vila de pescadores. Abrigou o primeiro porto de fortaleza e com sua ausência, viveu a sua primeira crise. Serviu, em seguida, de balneário às abastadas famílias que residiam no centro e aqui construíram suas casas de veraneio e sobradões, inexplicavelmente, de costas para o mar. Em sua terceira fase, foi recanto de poetas, intelectuais, militantes políticos e artistas em geral, na segunda metade da década de 1970, quando viveu a segunda grande crise, abandonada por todos. 


Estoril em 1943 - sendo usado como Clube de Veraneio por soldados

Nasci aqui, em 1953. Voltei à praia de Iracema, em 1979. Rua dos tabajaras, 480, era meu cantinho. O aluguel era tão barato que eu pagava seis meses adiantados. Mas era próximo demais do Estoril. Portanto, inevitavelmente, eu abraçaria a boemia. Minha primogênita, Clarissa, nasceu ali, em 1981. Nessa época, o símbolo da praia de Iracema já era o Estoril. Sobrado da família Porto, depois, cassino dos oficiais norte-americanos e restaurante de luxo. Terminaria nas mãos de um de seus garçons – o Zé Pequeno. Em suas noites quentes, sob estrelas, havia de tudo. Foi o local de encontro não clandestino, escolhido pelos que lutavam contra o regime militar e simpatizantes da causa. Tudo de importante que acontecia na cidade terminava em noitadas no Estoril. Fosse um show de Gonzaguinha, uma exposição no MAUC, uma sessão no cinema de arte ou um comício pelas diretas já!

Em meio àquele frenesi, o Estoril tornou-se o point das esquerdas festivas ou não. Lá se trocava todo tipo de informação. Desde o andamento de uma greve, ações do movimento estudantil ou discussões de luta de classes dos partidos de esquerda. O lugar tornou-se um posto avançado, amplo, geral e irrestrito da reação ao regime militar, que já exibia, a contragosto, seu declínio.

A Vila Morena após a Segunda Guerra a abrigar o Estoril bar e restaurante que abrigava a intelectualidade fortalezense. Foto de 1948 - Arquivo Nirez 

Havia bares menores. Como o Bar do Getúlio, defronte à igrejinha de São Pedro; a gruta da praia, entre outros. Por vezes, varávamos madrugadas entre copos de cerveja, caninhas e discursos contra a ditadura, o prefeito biônico ou simplesmente contra o governo. Tudo era permitido, exceto ser reacionário. Gente desse tipo ficava comportada e quietinha, pois, pelo menos, no Estoril, esse tipo era minoria. Os banheiros eram alagados e fétidos. Os tira-gostos terríveis: filé a “óleo de freio” e “ovos completos” eram os mais aceitáveis e solicitados. Mas, o lugar era bucólico e animado. Simplesmente encantador...

Desse tempo vale lembrar amizades maravilhosas. Figuras sem par, de nossa laboriosa boemia iracemista. Alguns, já nos deixaram fisicamente, apesar de estarem bem vivos em nossos corações e mentes, tais como, Aleardo Freitas e Murici; o publicitário Carlos Paiva; José Carlos Matos, diretor e produtor de teatro; Eusélio Oliveira, da casa amarela; o jornalista Rogaciano Leite Filho; Augusto Neiva, engenheiro e sindicalista; Luiz Capelo, médico e professor da UFC; Luis Sérgio, auditor e compositor; o garçom maior de nossas vidas: o simpático e querido Sitonho; o Zé Pequeno e o Nenê, os proprietários; Célio Cavalcanti, bancário e músico; o genial Augusto Pontes; o querido Cláudio Pereira, apelidado de “cadeira voadora”, por sua onipresença onde houvesse festas culturais; Isa Mamede, o músico Stélinho Vale; a cantora Ana Fonteles; o arquiteto medina, o publicitário Luciano Miranda, entre muitos outros.

Ficamos nós, os ainda vivos: Cristiano Câmara, Valdir Sombra, o Alemão, garçom dos bons; “Baleia”, o garçom suave com uns e bruto com outros; Airton Monte, prá mim, mais poeta que cronista; Agostinho Gósson, Ataliba e Sérgio Pinheiro, o combativo professor e artista, Hélio Rôla; Luciano e Virgílio Maia, Francis Vale, João de Paula, João Alfredo, José Nobre Guimarães, Edson da farmácia; Paulo Abreu, Eleuba Magalhães; Norma, Regina, Valéria Brandão; Maria Luiza Fontenele, Rosa e Cristina Fonsêca, Alano Freitas, Wilson Brandão, geólogo e músico; Chico Barreto, mestre Guim, Cau, Raimundo Fagner, Rodger Rogério, Téti, Fausto Nilo, Belchior, Ednardo, os pavãzinhos, Roberto do Iguatu, Antonio José Soares Brandão e Fátima; Nonato Luis e Afonsina, Bizão, o arquiteto da primeira intervenção na orla; Pepe Capelo, Silas de Paula, Lígia Girão, as “bacanas”, Joaquim Cartaxo, Delberg Ponce de Leon; o físico, Flavio Torres Araujo; o homeopata, Luiz Teixeira; Eneas Coelho, Lúcia Coelho, Carlos Augusto Viana, Antonio Carlos Coelho, Antonio Carlos Campelo Costa e Algia, Mário Mamede e Clarinha; Rui Mamede, Chico Eulálio e Sandra Claudino; Vanda Claudino Sales; João Saraiva; João Bosco e Eimar Arruda, Maninha e Lula Morais, Serginho Amizade, Claire, Marcos e Júlio César Penaforte, Regina Lúcia Goes, Mariano Freitas, Luis Carlos Antero, Luis Carlos Paes, Zu, Fernado, Verônica e Gláucia Costa, Paulo Linhares, Evandro Abreu, Cartaxo Arruda, Geraldo Acyoli, Geraldo e Célio Menezes, Chico Veloso e Rosário, Célio, Afonsina e Gerardo Filho, Manoel Veras, Pedro Moleza, Chico Pio, Augusto bonequeiro, Zezé fonteles, Adauto Oliveira, Eugênio Leandro, Rosé Sabadia e Dilson Pinheiro, apenas para citar alguns. Com tanta gente boa, qualquer lugar seria mesmo maravilhoso!

A vida era em p&b. Os tempos ainda eram de chumbo. A praia de Iracema abandonada. Mesmo assim, bucólica e acolhedora. Fomos felizes, muito felizes, nos bons tempos do Estoril! Queremos esse tempo de volta? Não. Queremos apenas nossa praia de volta. Com tudo que está sendo requalificado aqui, poderemos ser muito mais felizes. Mudamos para melhor! Bem vindas e bem vindos à volta do Estoril!

                          Pedro Carlos Alvares (produtor cultural, morador,
          presidente do Iracema, meu amor e do bloco de carnaval do Falcão)

Reunião do Movimento Cultural Massa Feira no Estoril em 1978. Vemos artistas que participaram de festivais da década de 70, como o nosso querido Raimundo Fagner.

A volta do Estoril

O projeto que temos em mente visa promover o encontro de todos os grupos físicos e virtuais que militam pela revitalização e preservação da Praia de Iracema. Na rede social Facebook esses grupos já somam mais de cem mil pessoas. Só para citar um exemplo, o grupo Iracema, meu amor, criado há seis meses conta com 62 mil filiados. O grupo Praia de Iracema, reconstrução já!, um pouco mais antigo, conta com 30 mil pessoas. Temos ainda o criativo iracema, o lindo, bonito e joiado - Bloco do Falcão, entre outros de menor porte, mas não menos atuantes. No plano físico, temos as representações de associações das comunidades como o Coletivo Iracema, do Poço da Draga, entre outras.
Nosso objetivo é unir todas essas forças no Estoril, lugar mais que simbólico de nossa pequenina orla, para traçarmos um pacto de um plano comum para o exercício de 2012. Esse é o objetivo principal.

Programação:

1-data: 25 de janeiro de 2012.

19h00min – instalação do pacto, com representantes de todos os grupos em atividade na praia de Iracema, estabelecendo os objetivos e um calendário de trabalho para 2012. Abertura da feira de arte e cultura, com trabalhos de artistas plásticos, vídeos, livros e artesanatos, produzidos por moradores e amigos da praia de Iracema.

20h00min - apresentação da praia de Iracema em diversas fases, através de fotos e vídeos, projetados em telão com comentários de Miguel Ângelo de Azevedo – o Nirez.

21h00min – shows com artistas cearenses ligados à causa da praia de Iracema.

2 - data: 26 de janeiro de 2012.

19h00min - Contação de histórias sobre a praia de Iracema, através de poetas, escritores, moradores e frequentadores do Estoril, de todas às épocas. Funcionamento da feira de arte e cultura
21h00min - shows.
          
3 - data: 27 de janeiro de 2012.

19h00min – depoimentos de arquitetos, geógrafos, sociólogos e memorialistas sobre a praia de Iracema, com foco no Estoril. Feira de arte e cultura
21h00min - shows.             
           
Encerramento.

Produção:
Pcabrasil – projetos de comunicação e cultura.
Pedro carlos alvares
8748-1505 – 9907-7157
Rua dos tabajaras, 138 – 404 t.
Praia de Iracema
         

Não deixe de participar, juntos somos mais fortes!
A Praia de Iracema agradece!


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